Guerras

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Getúlio Vargas, "Pai dos Pobres", "Mãe dos Ricos".

Pai dos pobres porque ele fazia questão de passar através do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), a imagem de que estava ajudando a classe trabalhadora através da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), onde o trabalhador passou a adquirir o direito á férias remuneradas e horas diárias de trabalho não superior a oito, etc. Essas concessões na realidade era um propósito de Vargas, pois, assim ele estaria com o sindicato em suas mãos, podendo intermediar muitas vezes em favor da classe empregadora (mãe dos ricos). Ainda a vinda de algumas companhias siderúrgicas favorecendo a industrialização no país. Na realidade Getúlio Vargas fazia jogo duplo.

Biografia:               

Getúlio Dornelles Vargas nasceu em São Borja no dia 19 de abril de 1882 e se suicidou no Rio de Janeiro no dia 24 de agosto de 1954. Vargas governou o Brasil de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954.

Na manhã de 24 de agosto de 1954, em seus aposentos no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, o presidente Getúlio Dorneles Vargas suicidou-se com um tiro no coração. Com esse gesto definitivo, pôs fim a uma crise política que certamente teria resultado em seu afastamento do poder e – conforme escreveu em sua célebre carta-testamento – abandonou a vida “para entrar na História”. Deixou atrás de si uma nação traumatizada, os amigos consternados e os adversários atônitos.


Lado herói:

"Pai dos pobres", colocou na lei direitos trabalhistas como o salário mínimo. Usou o Estado para criar indústrias e diminuir a importância do setor primário (agro-pecuário) na economia brasileira.

Com a crise de 1929 a exportações de café diminuíram e Vargas, mostrando-se preocupado com a questão social e interessado em defender as riquezas nacionais, ascende ao poder. Vargas tinha uma visão pragmática da economia: queimou café em 1930-1931, porque era a única maneira de em curto prazo, elevar os preços do produto; incentivou a diversificação da economia porque o Brasil não podia continuar na dependência de um único artigo de exportação; e deu inicio à siderurgia porque, sem ela, nossa indústria jamais contaria com uma base sólida.

Durante seu governo, Vargas procura conquistar a simpatia dos trabalhadores e exercer domínio sobre eles. Ele assegurava ao operário, direitos como salário mínimo, férias remuneradas, jornada diária não superior a oito horas, proteção ao trabalho da mulher e do menor e estabilidade no emprego. Apoiando-se nessas medidas, Vargas pôde fazer sua propaganda política e com isso, ser considerado “Pai dos pobres”.

Lado Vilão:

De um lado, Vargas reconhecia as necessidades e aspirações dos trabalhadores e por isso fazia concessões ao operariado. De outro lado, utilizava essa concessões como forma de controlar os trabalhadores e sindicatos, impedindo assim reivindicações mais intensas.

Agindo dessa forma, Vargas, fica conhecido como “Pai dos pobres”, por melhorar as condições de trabalho deles, e consequentemente é uma “mãe dos ricos”, por ajudar à controlar as revoltas dos trabalhadores, garantindo além da ordem política e estabilidade social e mantendo os trabalhadores satisfeitos; ora, sem greves ou manifestações de desagrado dos empregados, os lucros fluíam naturalmente para os cofres dos empregadores.

Ditador populista com inspirações fascistas, criador do Estado intervencionista, paternalista e corporativista que persiste até hoje. Manteve relações com o Hitler e Mussolini até não conseguir mais resistir à pressão dos Estados Unidos.

As leis trabalhistas, só eram para 40% da população, que era a população urbana, os 60% a população rural não tinha acesso a nenhum direito trabalhista, pensem nisto

DIP, Departamento de Imprensa e Propaganda, se Getulio Vargas era tão bom e tão honesto, Por que, censuraria a imprensa? Ele teria medo de não ter mais votos, se o povo soubesse tudo?

Também sobre a Patrícia Galvão, a Jornalista Comunista, que foi presa 23 vezes por ele, por não esconder a verdade do povo.

Sobre a aliança com Hitler, e Mussolini. Por que alguém tão bom, se aliaria com Hitler, que massacrou nações, e que tinha um ideal de uma "raça pura", como Getulio se aliaria a ele, se o Brasil sempre foi um pais mestiço?

VARGAS 1951 - 1954

Governo Getúlio Vargas (1951-1954) – Como havia prometido em outubro de 1945, na derrubada do Estado Novo, Vargas volta ao poder "nos braços do povo", vencendo a eleição presidencial de 1950. Repetindo a política adotada durante o período ditatorial, baseia seu governo em uma propaganda interna de cunho nacionalista e em uma prática política de caráter populista. Decidido a dar continuidade à industrialização do país e a lutar pelos "interesses nacionais", Vargas funda, em 1952, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e estatiza a geração de energia elétrica com a criação da Eletrobrás. Em 1953, depois de uma batalha política no Congresso e de grande campanha popular por todo o país ("O petróleo é nosso"), cria a Petrobras, que detém o monopólio estatal da prospecção e produção de petróleo. Para sustentar essa política nacionalista e estatizante, mobiliza as massas populares urbanas por meio dos sindicatos ligados ao Ministério do Trabalho e ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), atropelando os outros partidos e o próprio Congresso Nacional. Esse comportamento provoca a reação dos setores conservadores no parlamento, liderados pela União Democrática Nacional (UDN). No início de agosto de 1954, no Rio de Janeiro, um major da Aeronáutica morre em um atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, um dos mais agressivos udenistas. Responsabilizado pelo crime e pressionado a renunciar pelos militares, Vargas se suicida.


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Segundo Reinado

Apogeu, Campanha republicana, Dom Pedro II


Período monárquico durante o qual dom Pedro II governa o Brasil. Começa em 1840, com a antecipação da maioridade do imperador, e termina em 15 de novembro de 1889, quando ele é deposto pelos militares na proclamação da República. Nos primeiros dez anos do Segundo Reinado, o regime monárquico estabiliza-se. A derrota das insurreições nascidas durante a Regência pacifica as províncias. O governo central é reforçado com o Poder Moderador – que dá ao monarca a palavra final, em casos de conflito – e com o restabelecimento do Conselho de Estado, extinto no período regencial.

            Apogeu – O Segundo Reinado tem seu apogeu nas décadas de 1850 e 1860. Nesse período a contestação à monarquia é muito pequena. O governo é exercido pelo ministério, com base na maioria parlamentar, desde a implantação do parlamentarismo, em 1847. O império também fica mais fortalecido com a extinção do tráfico africano em 1850. Sem grandes questões internas, envolve-se em disputas na região platina, sobretudo na Guerra do Paraguai. O Brasil vence, mas o ônus econômico, social e político é enorme e abre espaço para os adversários do regime.

            Campanha republicana – Em 1870, fazendeiros, políticos, jornalistas e intelectuais lançam no Rio de Janeiro o Manifesto Republicano. É o sinal do declínio da monarquia. Apesar do pouco sucesso eleitoral dos candidatos republicanos nas eleições para a Câmara e o Senado, suas idéias e propostas se disseminam pelo país.

Enquanto isso, o Império não consegue resolver a questão do trabalho escravo, incompatibilizando-se com a aristocracia escravista e levando os abolicionistas a unir-se aos republicanos. Os problemas com a Questão Religiosa e com a Questão Militar, nas décadas de 1870 e 1880, agravam a crise, que atinge o ápice com a abolição da escravatura em 1888. Embora os dirigentes do império considerem a abolição uma vitória da monarquia, as oligarquias agrárias deixam de dar-lhe sustentação. No dia 15 de novembro de 1889, um grupo de militares proclama a República e põe fim ao Segundo Reinado.

            Dom Pedro II – Ao contrário de dom Pedro I, seu pai e antecessor, dom Pedro II é um soberano sem paixão pelo poder. Reservado e erudito, prefere o convívio com os intelectuais europeus ao relacionamento com os políticos brasileiros. Deixa a administração a cargo do ministério para dedicar-se mais às instituições de ensino e pesquisa, aos estudos e ao intercâmbio pessoal com os centros culturais da Europa. Quando a campanha republicana ganha vulto e se arma a conspiração civil-militar, nos últimos dias do império, o soberano revela surpresa e desencanto.

Resistência Pacífica - Gandhi


A partir do século XVII, a Índia começou a ser colonizada pelos ingleses. Na época, a Índia correspondia a área dos atuais Paquistão, Bangladesh  e a própria Índia. A partir daí, aconteceram muitos movimentos de resistência à dominação colonial, todos reprimidos. Após a Primeira Guerra Mundial, as lutas pela libertação contaram com a ajuda do pacifista hindu Mahatma Gandhi.

Líder do movimento de independência, Gandhi introduziu uma inovação radical nos meios de ação política: a resistências pacifica a dominação colonial. Ele partia do principio de que a ação não-violenta era mais eficaz porque paralisava a organização colonial britânica.

Os novos meios de ação foram variados. Por exemplo, pessoas protestavam deitando-se nas ruas, fazendo greves de fome e recusando-se a pagar impostos. Outra forma pacifica de combater a dominação colonial consistia em aumentar o consumo dos produtos feitos pelos artesãos indianos para boicotar os produtos industrializados britânicos.

A Índia possuía dois grupos religiosos divergentes: o hinduísmo e o islamismo. Os muçulmanos defendiam a criação de um estado separado dos hindus. Gandhi, ao contrario, queria a união de toda a Índia num só país.

A Índia conseguiu a independência em 1947 devido à explosiva pressão social. Porém, logo a seguir, seu território foi dividido. Os lideres muçulmanos decidiram formar um Estado independente, o Paquistão. A conseqüência dessa divisão foi a eclosão de violentos conflitos entre hindus e muçulmanos. Em 1948, num desses conflitos, Gandhi foi assassinado por um extremista hindu. A independência da Índia e a atuação de Gandhi influenciaram vários outros países asiáticos.  
A resistência não-violenta na Índia colonial e sinônimo da história do movimento de Não-Cooperação e de Mahatma Gandhi. Além de render a Independência, a não-violência de Gandhi também ajudou a melhorar o status dos Intocáveis na sociedade e religião Indiana. Nos conflitos que asseguraram a Independência e Divisão, Gandhi é responsabilizado por manter Calcutá e toda a fronteira ocidental da Índia em paz. O Khudai Khidmatgar, líder do Khan Abdul Ghaffar Khan, liderou um movimento paralelo de não-violência contra os Britânicos na fronteira noroeste da província.

sábado, 27 de agosto de 2011

Conferência de Bandung


Conferência de Bandung, é o nome que ficou conhecido o encontro ocorrido nesta cidade da Indonésia, entre 18 e 24 de Abril de 1955, reuniram-se na Conferência de Bandung, na Indonésia, os líderes de vinte e nove Estados asiáticos (Afeganistão, Arábia Saudita, Birmânia, Camboja, Laos, Líbano, Ceilão, República Popular da China, Filipinas, Japão, Índia, Paquistão, Turquia, Síria, Israel, República Democrática do Vietnã, Irã, Iraque, Vietnã do Sul, Nepal, Iémen do Norte) e africanos (Etiópia, Líbia, Libéria e Egito) perfazendo uma população total de 1 350 milhões de habitantes.

O patrocínio coube à Indonésia, Índia, Birmânia, Ceilão (Sri Lanka) e Paquistão, que haviam preparado a conferência em uma reunião anterior em Colombo, no Ceilão.

O objetivo era a promoção da cooperação economica e cultural afro-asiática, como forma de oposição ao que era considerado colonialismo ou neocolonialismo dos Estados Unidos da América, da União Soviética ou de outra nação considerada imperialista, bem como de outras nações influentes que também exerciam o que consideravam imperialismo, ou seja, promoção indiscriminada de seus próprios valores em detrimento dos valores cultivados pelos povos em desenvolvimento.
A maioria dos países participantes da conferência vinham da amarga experiência da colonização, experimentando o domínio econômico, político e social, sendo os habitantes locais submetidos à discriminação racial em sua própria terra, parte da política de domínio europeia.

Foi a primeira conferência a falar e a afirmar que o imperialismo e o racismo são crimes. Deram a ideia de criar o Tribunal da Descolonização, para julgar os culpados desse grotesco crime contra a humanidade, Imperialismo, mas a ideia foi abafada pelos países centrais. Assim, a “inspiração” para a implementação do movimento dos não-alinhados surge nesta conferência, sendo que sua fundação se dará na Conferência de Belgrado de 1961.

Falaram também sobre as Responsabilidades dos Países Imperialistas, que existem até hoje. Responsabilidade que significa ajuda para reconstruir os estragos que eles fizeram no passado. Nessa conferência foram lançados os princípios políticos do "não alinhamento" (Terceiro Mundismo), ou seja, de uma postura diplomática e geopolítica de equidistância das superpotências. Apesar do não alinhamento, todos os países declararam que eram socialistas mas não iriam se alinhar ou sofrer influência Soviética. O "Não Alinhamento" não foi possivel no contexto da Guerra Fria, onde URSS e EUA buscavam cada vez mais por áreas de influências. No lugar do conflito leste-oeste, Bandung criava o conceito de Conflito norte-sul, expressão de um mundo dividido entre países ricos e industrializados e países pobres exportadores de produtos primários.


Os Dez Princípios da Conferência de Bandung

1. Respeito aos direitos fundamentais, de acordo com a Carta da Organização das Nações Unidas.

2. Respeito à soberania e integridade territorial de todas as nações.

3. Reconhecimento da igualdade de todas as raças e nações, grandes e pequenas.

4. A abstenção de intervir ou de  e ingerir nos assuntos internos de outro país. (Autodeterminação dos povos)

5. Respeito pelo direito de cada nação defender-se, individual e coletivamente, de acordo com a Carta da ONU

6. Recusa na participação dos preparativos da defesa coletiva destinada a servir aos interesses particulares das superpotências.

7. Abstenção de todo ato ou ameaça de agressão, ou do emprego da força, contra a integridade territorial ou a independência política de outro país.

8. Solução de todos os conflitos internacionais por meios pacíficos (negociações e conciliações, arbitragens por tribunais internacionais), de acordo com a Carta da ONU.

9. Estímulo aos interesses mútuos de cooperação.

10. Respeito pela justiça e obrigações internacionais.