Guerras

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Mundo da cultura (Resumo, 8ª série)


Para Hitler, a propaganda era uma das bases da criação da sociedade nazista. Antes de mais nada, ela deveria ser popular e capaz de atingir o coração  e não o cérebro  das massas. Cinema, teatro, musica, arquitetura, tudo deveria subordinar  se aos interesses de doutrinação ideológica do regime e à sua concepção  herdada de românticos alemães, como o compositor Richard Wagner  de que a beleza e a arte iam regenerar a política. Sem esquecer que também era preciso incutir medo nas massas. Segundo Adolf Hitler,‘ A crueldade impressiona. As pessoas querem ter medo. Desejam se submeter a alguém com temor. As massas precisam disso. Precisam de alguma coisa pra temer.
Entre todas as artes e técnicas, a arquitetura recebeu uma atenção especial no governo nazista. Com seus prédios monumentais, ela deveria criar e celebrar a consciência nacional e o orgulho de ser alemão. De modo geral, a arte preconizada pelos nazistas deveria cumprir objetivos doutrinários e atender aos interesses do regime. Seu estilo não ser escolhido livremente, mas deveria obedecer aos princípios da  Arte Ariana, neoclássica, que se pretendia herdeira as arte grega. Em oposição à ‘arte degenerada judia do século XX, ela procurava resgatar, no passado mítico dos gregos, não só a beleza, mas também o caráter viril, guerreiro e dominador de uma raça de senhores. Beleza grandiloquente e desejo de dominação, dois dos traços mais marcantes da cultura nazista, estão fortemente presentes na arte e na arquitetura alemãs do período.
Meio privilegiado de propaganda, o cinema foi particularmente visado pelos nazistas. Muitos filmes da curta metragem e 1350 de longa duração foram produzidos por essa época para servir aos interesses do regime, inundando as telas das cidades alemãs. Alguns eram explícitos na tarefa de denegrir a imagem de judeus e comunistas (como O judeu e O eterno judeu, ambos de 1940), enquanto outros eram menos diretos. O temas do heroísmos, do espírito alemão, a bravura e do patriotismo estavam, porém, sempre presentes.


Em O AS Brand e O jovem Hitlerista Quex(1940), por exemplo, contava-se a história de jovens convertidos ao nazismo que morrem heroicamente nas mãos dos comunistas e cujas últimas palavras são de amor e lealdade à Alemanha e ao Führer. Em outros filmes, como os realizados pela cineasta Leni Riefenstahl (O triunfo da vontade, de 1934, e Olympia, de 1936), os nazistas não apenas conseguiam transmitir sua mensagem de forma incrivelmente eficiente, como atingiam níveis elevados de refinamento na arte cinematográfica.

Também as grandes manifestações de massa [...] eram importantes para o nazismo. Ao grito de ‘Sieg Heil! (‘Salve a vitória!) grandes multidões marchavam unidas sob bandeiras e luzes, enquanto a figura do Führer permanecia sob o foco constante. Por todos os lados o signo da suástica, bandeiras e manifestações de disciplina e submissão histérica ao Führer. Esses eram rituais que despertavam a emoção  e não a razão  dos participantes, atraindo e mantendo-os ligados ao regime por meio de uma fé irracional de fundo religioso. pois era isso que o nazismo pretendia ser: uma verdadeira religião.
Beleza, atração, orgulho. Podemos ser tentados a pensar que o nazismo foi apenas isso: uma explosão de nacionalismo e orgulho de um povo, um esforço em submeter o mundo a uma determinada concepção de beleza, ordem e disciplina. Todos esses aspectos faziam parte, sem dúvida, de sua visão de mundo,  mas acoplado a esses ideais de beleza e orgulho nacional estava o outro lado da moeda: a morte, o sofrimento e a miséria, sempre presentes na realidade nazista.



BERTONHA, João F. Fascismo, nazismo, integralismo. São Paulo: Ática, 2000. P. 50-2. (História em movimento).

quarta-feira, 15 de junho de 2011

TRABALHANDO COM IMAGENS (7ª série)

TRABALHANDO COM IMAGENS

Analisaremos a seguir, imagens produzidas por Jean Baptista Debret,  que constam de sua obra Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, um conjunto importante de documentos visuais produzidos graça à vinda da Missão Artística Francesa, em 1816, patrocinada por D. João VI. Ao utilizarmos a cena, devemos encaminhar as reflexões para a percepção das principais característica da sociedade brasileira, no inicio do século XIX, e buscar compreender a importância desse documento como componente essencial do processo de construção da memória visual brasileira.
O principal objetivo, visa a incentivar a pratica do trabalho com fontes históricas visuais, não só na busca de sua compreensão e interpretação, mas também problematizando-as, propondo questionamentos como: Quem as produziu?  Quando as produziu?  Para que e para quem as produziu?
De maneira sucinta, vamos conhecer quem foi o autor da imagem escolhida, para auxiliar a problematizar a fonte por meio da identificação da autoria.
O pintor francês Jean Baptiste Debret (1768-1884) esteve no Brasil durante 15 anos, entre 1816 1831, e foi considerado o maior cronista visual do país do século XIX, ao reproduzir o movimento das ruas e a vida publicada e privada do Rio de Janeiro, à época de D. João VI. Suas observações a respeito do Brasil produziram quase 200 gravura do Rio de Janeiro, São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio grande do Sul. Ele pintou a natureza exuberante, mas dedicou especial atenção às pessoas que viviam aqui: governantes, senhores ricos, brancos pobres, mestiços, escravos e indígenas.
Debret veio com a Missão Artística Francesa, encarregada da criação da Academia de Belas Artes, a qual, além de pintores, incluía escultores, arquitetos e artesãos. A vinda da corte portuguesa e a conseqüente Abertura dos Portos, em 1808, permitiram a “redescoberta” do Brasil, pois até então, o governo metropolitano, por temer a cobiça estrangeira sobre sua colônia, impedia os contatos e a publicação de informações a respeito do Brasil. Assim as visitas de estrangeiros, pintores, naturalistas, diplomatas e comerciantes começavam a produzir riquíssimos relatos a respeito do país.
Não devemos esquecer que no período de produção dessas imagens inexistia a fotografia, ou seja, o trabalho de pintores como Debret, era de suma importância. Esses documentos são representações do real e não a realidade em si; contudo as imagens de Debret se aproximam muito da realidade, e por isso são chamadas de “realistas”, ele, inclusive, deixou anotações em texto, explicando cada uma das cenas que retratou. Daí seu indiscutível caráter documental, fornecendo elementos para a história da vida material e cotidiana, como só as imagens são capazes de fazer.
Debret e outros artistas, como o austríaco Thomas Ender e o alemão Johann Moritz Rugendas, tinham como público a burguesia européia, sequiosa por informações da “pitoresca e exótica” América, além, é claro, do governo do Brasil, que os contratou e hospedou.
As imagens pré-selecionadas para a condução do trabalho, passaram por um critério de seleção que privilegiou aquelas que mostram situações cotidianas, com personagens da vida social:

1.      Um funcionário a passeio com sua família:
                                         
Jean Baptiste Debret, Viagem pitoresca e histórica ao Brasil (1834 – 1839)

2.      Uma senhora brasileira em seu lar:
Jean Baptiste Debret, Viagem pitoresca e histórica ao Brasil (1834 – 1839)

3.      O jantar no Brasil:
Jean Baptiste Debret, Viagem pitoresca e histórica ao Brasil (1834 – 1839)

4.      O regresso de um proprietário:
Jean Baptiste Debret, Viagem pitoresca e histórica ao Brasil (1834 – 1839)

Vamos trabalhar com as imagens.

Escolha uma das imagens acima para desenvolver sua análise e siga os seguintes passos:

Análise geral:

Descreva tudo o que você vê na imagem.

Análise detalhada:

1 – Titulo da imagem escolhida.

2 – Trata-se de uma cena pública ou privada.

3 – Descreva o ambiente.

4 – identifique e descreva os personagens.

5 – Identifique e descreva os objetos.

6 – Descreva as ações retratadas.

7 – Há ações principais e secundárias? Quais?

8 – Como o titulo pode nos ajudar a compreender a cena?

9 – Que distinções podemos estabelecer entre os personagens?

10 – Que distinções podemos estabelecer a respeito da sociedade brasileira na época de Debret com base nesta obra?

Esses são apenas alguns passos sugeridos para se trabalhar com imagens, você pode e deve buscar outras dicas que possam ajudar na analise documental de imagens.


Esse resumo não tem por objetivo substituir o caderno do aluno, mas sim auxiliar no desenvolver da aula na ausência deste, (devido ao atraso na entrega do Caderno do Aluno, em algumas escolas do Estado).


Referência Bibliográfica:

São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: história, ensino fundamental – 7ª série, volume 2 / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Diego Lopes Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli, Raquel dos Santos Funari, Paulo Miceli. – São Paulo: SEE, 2009.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Elaboração de resumo (8ª série)

DICAS PARA A ELABORAÇÃO DO RESUMO

A finalidade do resumo é apresentar as idéias essenciais no texto. Portanto, é impossível resumi-lo sem antes compreendê-lo integralmente. Não é permitido copiar partes do texto e uni-las sem nenhuma articulação, pois o texto resumido deve fazer sentido.

  Verifique os “passos” para a elaboração de um bom resumo:
<!1.      Realizar uma leitura individual do texto inteiro, esclarecendo eventuais questões relativas ao vocabulário.
<!2.     Assinalar as ideias principais de cada parágrafo, grifando-as. Um parágrafo deve ser composto por uma ideia principal, à qual se articulam ideias secundárias, e é realmente importante selecionar, para não grifar demais. Verifique se é possível reconstruir o parágrafo apenas com base nas ideias sublinhadas.
<!3.      Redigir o resumo com suas palavras, articulando logicamente as idéias grifadas, que não precisam ser reproduzidas como aparecem no texto.