Guerras

domingo, 20 de novembro de 2011

Idade Média - Feudalismo


O SISTEMA FEUDAL, PRINCIPAIS CRUZADAS,

482-751- Clóvis I, da dinastia merovíngia, unifica as tribos francas e conquista a Gália, originando o Reino Franco, o mais poderoso da Europa Ocidental. Clóvis converte-se ao cristianismo, o que, pelo costume franco, significa a cristianização de todo o povo. Após sua morte, em 511, o reino é dividido e os governantes merovíngios travam várias guerras. Um deles, Pepino, o Breve, depõe o último rei merovíngio em 751 e funda a dinastia carolíngia.

Século IV – X – Situados nas florestas da Guatemala e de Honduras, e na península de Yucatán, no México, os maias formam cidades-estados independentes com governo teocrático. Utilizam avançadas técnicas de irrigação na cultura do milho, do feijão e de tubérculos e realizam trocas comerciais. Constroem templos, pirâmides e palácios de pedra e criam um calendário que determina com precisão o ano solar (365 dias). Adotam a escrita hieroglífica e, na matemática, inventam as casas decimais e o conceito do valor zero. São politeístas e cultuam deuses da natureza.

630-1258 – As tribos da Arábia se unificam por meio do islamismo e da língua árabe, dando origem ao Império Árabe. Com o propósito de difundir a nova religião, o império se expande até a Índia, o norte da África e penetra na Europa pela península Ibérica. Sua divisão em Estados independentes e as divergências entre as seitas islâmicas dos sunitas e xiitas provocam a decadência. A invasão de Bagdá pelos mongóis põe fim ao império.

751-768 - A principal marca do governo de Pepino, o Breve, da dinastia carolíngia, é a bem-sucedida campanha militar lançada contra os lombardos, a pedido do papa Estevão II. Após a vitória, as terras inimigas são doadas à Igreja sob o nome de Patrimônio de São Pedro.

768-814 – O Reino Franco atinge o apogeu durante o reinado de Carlos Magno, primogênito de Pepino, o Breve. Carlos Magno dá continuidade à política expansionista carolíngia. Domina o Reino Lombardo, terras dos saxões na Germânia, a Baviera, o sul dos Pirineus, Barcelona e as ilhas Baleares e integra os povos conquistados por meio do cristianismo. Promove um grande renascimento cultural, conhecido como Renascimento Carolíngio: estimula a fundação de escolas e se torna um dos responsáveis pela transmissão da cultura greco-romana para os tempos futuros. Em 800 é coroado imperador pelo papa Leão III, adquirindo, assim, a incumbência de disseminar e defender a fé cristã. Após sua morte, em 814, o império se enfraquece.

843-987 – Disputas e guerras sucessórias envolvem os netos de Carlos Magno e resultam no Tratado de Verdun, que resulta na divisão do Império Franco em três reinos: Carlos, o Calvo recebe a parte correspondente à França; Luís, o Germânico fica com o território alemão; e Lotário recebe a parte central do Império, que se estende da Itália até o mar do Norte. Inicia-se o processo de desintegração da Europa, que irá redundar no feudalismo.

O SISTEMA FEUDAL – É o sistema de organização econômica, política e social da Europa Ocidental característico da Idade Média, que vigora entre os séculos IX e XVI.Com as bárbaras e a desagregação do Império Romano do Ocidente, a Europa inicia profunda reestruturação, marcada pela descentralização do poder, pela ruralização e pelo emprego de mão-de-obra servil. A estrutura social é estamental, com pouca mobilidade social, e baseada em relações de dependência servil e vassalagem.O feudo constitui a unidade territorial da economia, que se caracteriza pela auto-suficiência e pela ausência quase total do comércio e de intercâmbios monetários.A produção é predominantemente agropastoril, voltada para a subsistência.A Igreja Católica transforma-se em grande proprietária feudal, detendo poder político e econômico e exercendo forte controle sobre a produção científica e cultural da época.

962 – O papa João XII nomeia Otto I imperador do Sacro Império Romano-Germânico (I Reich), numa tentativa de conter os ataques húngaros na Europa cristã. Seus domínios abrangem a porção ocidental da Alemanha, a Áustria, a Holanda (Países Baixos), parte da Suíça, da Polônia e o leste da França. Acentua-se a corrupção e a Igreja Católica torna-se mais suscetível ao poder político, promovendo a venda de cargos eclesiásticos (simonia). O império se mantém forte até o final do século XI. A partir de 1250 compreende um conjunto de pequenos Estados, nos quais o poder local do príncipe supera a autoridade central do imperador.

987 – Após a morte de Luís V, último rei da dinastia carolíngia, nobres franceses elegem Hugo Capeto, conde de Paris, rei da França. Inicia-se o processo de formação da monarquia francesa.

1054 – A Igreja Oriental (Igreja Cristã Ortodoxa Grega) rompe com a Igreja Ocidental (Igreja Católica Apostólica Romana) no chamado Cisma do Oriente. Desde o início do Império Bizantino havia divergências na orientação das duas Igrejas: a Oriental tem certa independência em relação a Roma, celebra seus rituais em grego, é subordinada ao Estado e rejeita algumas crenças ocidentais, como a fé no purgatório. O motivo fundamental para a cisão, porém, é o conflito entre as lideranças das duas Igrejas pelo controle das dioceses do sul da península Itálica.

1066 – Guilherme I, o Conquistador, duque da Normandia, invade a Inglaterra, vence a Batalha de Hastings e submete os saxões a um poder centralizado e autoritário: até então a Inglaterra era dividida em sete reinos feudais. É o início da dinastia normanda na Inglaterra e da monarquia inglesa.

1075 – O Sacro Império Romano-Germânico e o papa Gregório VII travam uma disputa conhecida como a Questão das Investiduras. Procurando diminuir a participação do imperador nas decisões internas da Igreja, o papa proíbe a investidura (nomeação de bispos e padres) leiga e institui o celibato. O rei Henrique IV desacata a ordem e é excomungado pelo papa.

Após um conflito armado é definida a Concordata de Worms (1122), que delibera a não-interferência do papa em questões políticas e proíbe o imperador de nomear cargos eclesiásticos.

1095-1270 – Para refazer a unidade cristã abalada pelo Cisma do Oriente, o papado investe em expedições militares – as cruzadas. Elas têm o objetivo de propagar o cristianismo, combater os muçulmanos e cristianizar territórios da Ásia Menor (atual Turquia) e da Palestina. Formadas por cavaleiros e comandadas por nobres, príncipes ou reis, as cruzadas também possuem motivações não religiosas, como a conquista de novos territórios e a abertura de rotas comerciais marítimas e terrestres para o Oriente. Produtos como seda, tapetes, armas e especiarias foram introduzidos no consumo da Europa pelos cruzados.

PRINCIPAIS CRUZADAS – São cinco grandes expedições militares rumo ao Oriente:

Cruzadas dos Mendigos (1096) – Primeira cruzada extra-oficial.Reúne mendigos e ataca tribos árabes.Todos os cruzados são aniquilados.

1ª Cruzada (1096-1099) – Conhecida como Cruzada dos Barões, é a primeira cruzada oficial francesa e agrega cerca de 500 mil pessoas.Chega a Jerusalém, onde é fundado um reino cristão.

2ª Cruzada (1147-1149) – Motivada pela tomada de Edessa pelos turcos.Os cruzados são derrotados em Doriléia, quando empreendem a ofensiva na Palestina.

3ª Cruzada (1189-1192) – Chamada de Cruzada dos Reis, é liderada pelo rei inglês Ricardo Coração de Leão, que estabelece um acordo com o sultão Saladino, do Egito, para que os cristãos possam realizar peregrinações a Jerusalém.

4ª Cruzada (1202-1204) – Financiada por venezianos interessados na rota comercial do Império Bizantino.Tomam e saqueiam Constantinopla.

1118-1312- Hugues de Payns funda a Ordem dos Cavaleiros Templários, depois da conquista de Jerusalém. Inicialmente conhecidos como Pobres Cavaleiros do Templo de Salomão, seu propósito era proteger a viagem de cristãos à Palestina. No decorrer dos anos se tornam muito poderosos e conquistam, por meio de doações, vastas propriedades em toda a Europa, principalmente na França. A instituição é abolida em 1312, com a morte do Grande Mestre, Jacques de Molay, nas fogueiras da Inquisição.

1158 – Uma associação de comerciantes no norte da Alemanha cria a Liga Hanseática, para proteger e promover interesses comerciais comuns. A Liga se transforma em importante força política na Europa, congregando diversas cidades da Alemanha e comunidades alemãs na Holanda, na Inglaterra e no mar Báltico e incentivando o surgimento de cidades livres e associações mercantis.

1206 – Gêngis Klan unifica tribos da Ásia Central (atual Mongólia) e inicia o Império Mongol – tribunal da Igreja Católica instituído para perseguir, julgar e punir os acusados de heresia (doutrinas ou práticas contrárias às definidas pela Igreja). As punições variam desde uma retratação pública até o confisco de bens e a prisão perpétua, convertida pelas autoridades civis em execução na fogueira ou forca em praça pública. Em 1252, o papa Inocêncio IV aprova o uso da tortura como método para obter confissão de suspeitos do tribunal.

1278-1295 – O mercador italiano Marco Polo, acompanhado do pai e do tio, chega à China, abrindo caminho a outros viajantes e promovendo o intercâmbio entre Ocidente e Oriente. Permanece na China por 17 anos, exercendo funções administrativas e diplomáticas na corte do soberano Kublai Klan, neto de Gêngis Klan. Em 1295, os Polo voltam a Veneza, com riquezas e especiarias.

1281 – Otman I dá início à expansão turca e à propagação do islamismo, fundando o Império Turco-Otomano. De um pequeno principado na região da Anatólia (atualmente na Turquia), os turco-otomanos estendem seus domínios pela Europa, pelo Oriente Médio e pelo norte da África. O florescimento do império como potência mundial ocorre com a tomada de Constantinopla e a conquista da península Balcânica, nos séculos XIV, XV e XVI.

Século XIII – Os incas fundam Cuzco, a capital do Império Inca, na cordilheira dos Andes (região do atual Peru). Ocupam também territórios do Equador, do Chile e da Bolívia. Enfraquecidos por guerras internas, são dominados pelos espanhóis em 1532. Viabilizam a agricultura nas montanhas, talhando o relevo em degraus, e, nas regiões desérticas do litoral, irrigam a terra por meio de tanques e canais. Dominam a ourivesaria, a cerâmica e conhecem a tecnologia do bronze. Utilizam quipos (cordões e nós coloridos) para registrar acontecimentos e fazer cálculos. São o único povo pré-colombiano a domesticar animais. Constroem centros religiosos e cultuam o deus Sol. Seu rei, intitulado Inca, tem poder absoluto por estar associado a essa divindade.


1309-1377– Descontente com a intromissão da Igreja em assuntos do reino, o rei da França, Felipe IV, prende o papa Bonifácio VIII e nomeia Clemente V, de origem francesa, novo papa. O episódio fica conhecido como Cativeiro de Avignon. O novo papado é instalado em Avignon, de onde se sucede uma série de papas franceses. Após 68 anos, a Santa Sé, sob o comando do papa Gregório XI, recupera o direito de retornar a Roma.

1325-1519 – Em uma área pantanosa ao redor do lago Texcoco, no México, os astecas fundam Tenochtitlán, atual Cidade do México. Chefiada pelo rei, que comanda o Exército, a sociedade asteca é altamente hierarquizada. É constituída pela nobreza, que inclui guerreiros e sacerdotes, e por uma população de agricultores, pequenos comerciantes e artesãos, que prestam serviço militar compulsório. Os astecas realizam importantes obras de drenagem e constroem espécies de ilhas artificiais (chinampas) para ampliar as áreas de cultivo.

Desenvolvem intensa atividade comercial em mercados urbanos. Usam a escrita pictórica e a hieroglífica e estudam a astronomia, a astrologia e a matemática. Entre os vários deuses cultuados estão o da guerra, do Sol, da chuva e a Serpente Emplumada. O império expande-se no reinado de Montezuma II, entre 1502 e 1520, agrupando 500 cidades e 15 milhões de habitantes. Os astecas fundem sua cultura com a dos povos conquistados, cobrando-lhes pesados tributos. Seu declínio começa em 1519, quando a região é invadida por espanhóis que obtêm a cooperação dos grupos dominados para rendê-los.

1337-1453 – A pretensão do rei inglês Eduardo III, neto de Felipe, o Belo, de disputar a sucessão do trono francês é o estopim da Guerra dos Cem Anos, que opõe França e Inglaterra.

O conflito envolve o interesse da Inglaterra no comércio de lã no território de Flandres, sob domínio francês; a ajuda da França à Resistência Escocesa; e a posse de terra que os reis ingleses, duques da Normandia, tinham na área francesa. Ao final da guerra, a França recupera todas as possessões sob domínio inglês. O embate consolida a identidade nacional francesa e facilita uma conspiração da nobreza inglesa, que iniciaria uma guerra civil: a Guerra das Duas Rosas. Outra conseqüência é a perda de poder dos senhores feudais nos dois países e o aumento da autoridade real.

1347 – Trazida por um navio proveniente do mar Negro, a peste negra chega à Europa pelo Porto de Gênova. A epidemia, altamente infecciosa, é transmitida ao homem pelas pulgas de rato. Espalha-se com grande velocidade e provoca a morte de cerca de um terço da população do continente.

1378-1417 – Gregório XI deixa Avignon e retorna à Itália para restabelecer o papado em Roma. Em 1378, na eleição de seu sucessor, dois grupos disputam a indicação do novo papa: os eclesiásticos romanos, partidários da posse de Urbano VI, e os franceses, favoráveis à Clemente VII. Sem acordo, o papado fica dividido: o papa de Avignon passa a ser sustentado pelo rei da França e o romano se mantém com o auxílio do imperador do Sacro Império Romano-Germânico. O episódio fica conhecido como Cisma do Ocidente. Várias tentativas de revogar a cisão falham. Somente após o Concílio de Constança (1417) e a eleição do papa Martinho V é restabelecida a unidade do pontificado.

1385 – Início da monarquia nacional portuguesa. Com origem no humanismo, o Renascimento está associado à restauração dos valores do mundo clássico greco-romano e à crença no potencial ilimitado da criação humana. Manifesta-se nas artes, na literatura e nas ciências. O espírito de inquietação estende-se à geografia e à cartografia, e o impulso de investigar o mundo leva às grandes navegações e ao descobrimento do Novo Mundo Em conseqüência, ocorrem progressos técnicos e conceituais, além de questionamentos que abrem caminho para as reformas religiosas.

1415 – Portugal inicia a expansão marítima européia. A primeira expedição, comandada pelo rei João I, promove a conquista de Ceuta, importante porto do norte da África e ponto de partida para as futuras expedições e descobertas portuguesas no continente africano.


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