Guerras

terça-feira, 15 de março de 2011

Guerra Civil Espanhola

Antecedentes, Apoios e composições, Conseqüências

Revolta militar contra o governo republicano na Espanha que tem início em 18 de julho de 1936, com o levante de militares da guarnição de Melilla, no Marrocos espanhol, liderados pelo general Francisco Franco. A guerra alcança todo o país, opondo nacionalistas e republicanos, e termina em 1939, com a morte de 1 milhão de pessoas. Os nacionalistas são vitoriosos e implantam a ditadura franquista, que governa a Espanha até 1975, quando morre Franco.
            Antecedentes – O conflito tem origem na crise econômica espanhola, que, entre 1929 e 1936, impulsiona grande número de greves, manifestações e levantes de direita e de esquerda. A proclamação da República (1931) e as reformas que ela promove não conseguem sanar a economia, deixando descontentes vários setores da sociedade. A vitória da direita nas eleições, em 1933, provoca uma insurreição de operários liderados pelos socialistas. As regiões da Catalunha e Astúrias são tomadas pelos revoltosos, que proclamam a independência. Após duas semanas de luta, a revolta é dominada. Em fevereiro de 1936, as forças políticas de centro e de esquerda vencem as eleições gerais. A oficialidade do Exército, agrupada na União Militar Espanhola, conspira para um golpe. Em 29 de julho, o general Franco, à frente das divisões estacionadas na África, entra na Espanha, tomando Sevilha e Cádiz. Outra frente militar ataca as províncias do norte, chegando perto da capital. O país divide-se em zonas nacionalistas, em geral concentradas em áreas agrícolas, e zonas republicanas, situadas nas regiões mais industrializadas e urbanas do território.
            Apoios e composições – Os militares rebelados têm o apoio das Forças Armadas, com exceção da aviação, e de católicos, nacionalistas e tradicionalistas. Do lado republicano estão operários, camponeses e setores da classe média, que contam com contingentes da aviação e da polícia. Cerca de 70 mil voluntários fascistas italianos, tanques e material bélico alemães são enviados a Franco. Pela República participam 25 mil voluntários de 53 países, organizados nas Brigadas Internacionais. A URSS dá auxílio financeiro limitado aos militantes comunistas, dividindo as forças republicanas. No início de novembro, a capital da República é transferida para Valença. Em 1937, rivalidades entre os republicanos levam o comunista Juan Negrín a assumir o governo. Ele promove, entre os próprios republicanos, uma política de eliminação de oponentes ideológicos, principalmente anarquistas e trotskistas, enfraquecendo o movimento. Franco chega ao Mediterrâneo, corta o contato entre Valença e Catalunha e obriga o governo republicano a se transferir para Barcelona.
            Conseqüências – Barcelona cai em 26 de janeiro de 1939 e, em 1º de abril, a República é abolida. Fogem do país 400 mil republicanos. Guernica, a pequena aldeia do País Basco, é arrasada em junho de 1937, inspirando o quadro de mesmo nome do pintor espanhol Pablo Picasso. No pós-guerra a violência continua. Os republicanos são apontados como inimigos da Espanha. Nos quatro primeiros anos após a guerra civil, milhares de opositores do franquismo são executados – as estimativas oficiais são de 37 mil.

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