Guerras

terça-feira, 15 de março de 2011

Guerra da Coréia


Conflito militar que se desenvolve de 1950 a 1953, opondo a Coréia do Norte e a China, por um lado, e a Coréia do Sul, os Estados Unidos (EUA) e as forças das Nações Unidas, por outro. Ao final da II Guerra Mundial, em 1945, a Coréia é dividida em duas zonas de ocupação – uma norte-americana, ao sul, e outra soviética, ao norte –, que correspondem ao antagonismo da Guerra Fria. Os dois setores são separados pelo paralelo 38º, como ficara estabelecido na Conferência de Potsdam. Em 1947, a ONU (Organização das Nações Unidas) forma uma comissão, não reconhecida pela União Soviética (URSS), para reorganizar o país por meio de eleições nas duas zonas.
            Dirigentes do Partido Comunista Coreano (PCC) assumem posições de comando na zona soviética. As negociações para a unificação fracassam e, em 1948, são criados dois Estados distintos: a Coréia do Norte (República Democrática Popular da Coréia) e a Coréia do Sul (República da Coréia). A primeira é ligada ao bloco soviético e a segunda, pró-ocidental. Os dois governos reivindicam jurisdição sobre a totalidade do território coreano, o que torna a área de fronteira uma região de tensões e incidentes. Após a retirada das tropas da URSS, em 1948, e dos EUA, em 1949, tem início uma intensa batalha propagandística entre os dois países.
            Em 25 de junho de 1950, tropas da Coréia do Norte, a pretexto de violação do paralelo 38º, realizam um ataque surpresa e invadem o sul. É uma tentativa de unificar o país sob o regime comunista. No mesmo dia, o Conselho de Segurança da ONU, aproveitando-se da ausência do representante da URSS, declara a República Popular agressora e nomeia o general norte-americano MacArthur para chefiar tropas de intervenção na Coréia.
            Em 15 de setembro, forças da ONU, compostas quase totalmente de soldados dos EUA, sob o comando de MacArthur, lançam uma contra-ofensiva em Inchon. A URSS não se envolve diretamente, limitando-se a dar ajuda militar aos norte-coreanos. Os combates são violentos e as tropas da ONU avançam pelo território da Coréia do Norte. No final de outubro, os norte-coreanos são empurrados de volta para o rio Yalu, próximo à fronteira chinesa. Ameaçado, o governo da China entra na guerra, com uma grande ofensiva que força o recuo das tropas de MacArthur. Em 4 de janeiro de 1951, os chineses conquistam Seul, capital da Coréia do Sul.
            Uma nova ofensiva norte-americana, entre fevereiro e março, empurra as tropas chinesas e norte-coreanas de volta ao paralelo 38º. Daí em diante, as posições permanecem inalteradas em mais dois anos de combate, com muitas baixas de ambos os lados. A paz vem somente com o Armistício de Panmunjom, assinado em 27 de julho de 1953. O acordo mantém a fronteira definida em 1948 e estabelece uma zona desmilitarizada entre as duas Coréias. O conflito, no entanto, continua sem solução definitiva e provoca tensões entre os dois países até hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário