Guerras

terça-feira, 15 de março de 2011

Guerra Fria

O Mundo Bipolar
Fusão das Bandeiras (EUA e URSS)
Disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e URSS (Bipolaridade do Mundo), após a II Guerra Mundial. É uma intensa guerra econômica, diplomática, tecnológica  e  principalmente ideológica pela conquista de zonas de influência.
O Mundo dividído

Ela divide o mundo em dois blocos, com sistemas econômico e político opostos: o chamado mundo capitalista, liderado pelos EUA, e o mundo comunista, encabeçado pela URSS. Provoca uma corrida armamentista que se estende por 40 anos e coloca o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear.
            Após a II Guerra Mundial, os soviéticos controlam os países do Leste Europeu e os norte-americanos tentam manter o resto da Europa sob sua influência. Apoiado na Doutrina Truman – segundo a qual cabe aos EUA a defesa do mundo capitalista diante do avanço do comunismo –, o governo norte-americano presta ajuda militar e econômica aos países que se opõem à expansão comunista e auxilia a instalação de ditaduras militares na América Latina. O Plano Marshall, por exemplo, resulta na injeção de US$ 13 bilhões na Europa. A URSS adota uma política isolacionista, a chamada Cortina de Ferro. Ajudada pelo Exército Vermelho, transforma os governos do Leste Europeu em satélites de Moscou.
            Nos anos 50 e 60, a política norte-americana de contenção da expansão comunista leva à participação da nação na Guerra da Coréia e na Guerra do Vietnã. A Guerra Fria repercute na própria política interna dos EUA, com o chamado macarthismo, que desencadeia no país uma onda de perseguição a supostos simpatizantes comunistas.
            Corrida nuclear – A Guerra Fria amplia-se a partir de 1949, quando os soviéticos explodem sua primeira bomba atômica e inauguram a corrida nuclear. Os EUA testam novas armas nucleares no atol de Bikini, no Pacífico, e, em 1952, explodem a primeira bomba de hidrogênio. A URSS lança a sua em 1955. As superpotências criam blocos militares reunindo seus aliados, como a Otan, que agrega os anticomunistas, e o Pacto de Varsóvia, do bloco socialista.

Corrida Espacial
Corrida Espacial

A ida do homem à Lua, talvez não tivesse ocorrido tão rapidamente se não fosse a Guerra Fria, A Guerra Fria, em que não houve um confronto direto entre os países, No meio das disputas entre Estados Unidos e União Soviética estava a corrida espacial, em que os dois países tentavam chegar ao espaço primeiro.
Cosmonauta: Yuri Gagarin

Um componente fundamental da corrida armamentista foi a disputa pelo espaço.
Em 1957, os soviéticos colocaram em órbita da Terra o primeiro satélite construído pelo homem, o Sputnik-1.
Em 1961, os soviéticos fariam uma nova demonstração de avanço tecnológico: lançaram o foguete Vostok, a primeira nave espacial pilotada por um ser humano. O jovem cosmonauta Yuri Gagarin viajou durante cerca de 90 minutos em órbita da Terra, a uma altura média de 320 quilômetros.

Os Estados Unidos reagiram. Num histórico discurso em maio de 61, o presidente John Kennedy prometeu que, em menos de 10 anos, um astronauta norte-americano pisaria o solo da Lua. Toda a estrutura tecnológica e científica foi direcionada para o programa espacial. Cumprir a promessa de Kennedy era mais do que um desafio científico: era um compromisso político.

Missão Apolo11, os três astronauta da missão e Armstrong caminhando na Lua.

Em 20 de julho de 1969, o grande momento: o astronauta Neil Armstrong, comandante da missão Apollo-11, e o piloto Edwin Aldrin pisam o solo lunar. A conquista norte-americana foi transmitida ao vivo pela TV, e acompanhada por mais de 1 bilhão de pessoas no mundo todo.

É claro que a corrida espacial tinha também, desde o começo, um significado militar.

Se um foguete podia levar ao espaço uma cachorrinha como a Laika, sem dúvida poderia transportar equipamentos bem menos inofensivos, como ogivas nucleares.
A combinação da tecnologia nuclear com as conquistas espaciais colocou o mundo na era dos mísseis balísticos intercontinentais.
Um míssil disparado em Washington, por exemplo, poderia atingir Moscou em cheio em apenas 20 minutos. O aperfeiçoamento constante das armas acentuou a corrida armamentista.
A conquista sistemática de novas tecnologias, nos dois blocos, incentivou o desenvolvimento de um ofício milenar: a espionagem.

            Com a descoberta da instalação de mísseis soviéticos em Cuba, em 1962, os EUA ameaçam um ataque nuclear e abordam navios soviéticos no Caribe. A URSS recua e retira os mísseis. O perigo nuclear aumenta com a entrada do Reino Unido, da França e da China no rol dos detentores de armas nucleares.
O não confronto entre as potências (EUA e URSS)

Em 1973, as superpotências concordam em desacelerar a corrida armamentista, fato conhecido como Política da Détente. Esse acordo dura até 1979, quando a URSS invade o Afeganistão. Em 1985, com a subida ao poder do líder soviético Mikhail Gorbatchov, a tensão e a guerra ideológica entre as superpotências começam a diminuir.
Queda do Muro de Berlin 1989, (manifestantes derrubando o muro)

O símbolo do final da Guerra Fria é a queda do Muro de Berlim, em 1989. A Alemanha é reunificada e, aos poucos, dissolvem-se os regimes comunistas do Leste Europeu. Com a desintegração da própria URSS, em 1991, o conflito entre capitalismo e comunismo cede lugar às contradições existentes entre o hemisfério norte, que reúne os países desenvolvidos, e o hemisfério sul, onde está a maioria dos subdesenvolvidos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário